segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

in my dreams...

I have a dream. Igualzinho ao Martin Luther King Jr. eu tenho um sonho e como o dele o meu é difícil de se tornar realidade. O cara lutou, foi morto, se tornou um mártir e assim contribuiu para os negros conquistassem mais respeito e espaço. Essa saga continua e se estende aos negros, homossexuais etc etc. A minha utopia é um trabalho com salários e atribuições justas, equipes coesas e comprometidas, chefes equilibrados, ambiente não hostil. Duvido que alguém queira liderar um movimento por esses ideais, eu mesma só quero preservar minha saúde mental e de quebrar ter um dinheirinho no final do mês. Eu, como revolucionária preguiçosa que sou, continuo gritando: I have a dream.

sábado, 29 de janeiro de 2011

so fucking freak!

Minha gente, perdão pela ausência. Estava eu de férias na cidade de onde, sim, deveria ter saído, mas pra onde, de novo sim, quero voltar sempre e uma vez em definitivo. Tanta coisa aconteceu que eu tou "fritinha", mas vou tentar resumir:

Lá reencontrei minha família, a parte mais importante da minha vida. Toda cheia de defeitos, tal como as melhores de Londres, mas com a grande vantagem de querer conhecer cada pessoa para além de seus rótulos. Me orgulho, torço, aconselho, brigo, calo, ajudo, cobro por que conheço bem e posso amar todos. Muito.

Acho que fui novamente injusta com alguns amigos lhes concedendo menos tempo ou atenção do que merecem, mas queridos, entendam que maravilhosamente vocês são muitos e preciso me dividir entre mil coisas quando vou praí. De toda forma, vale ressaltar especialmente que Mateus, Sabrina, Danilo, Marina, Bia, Mônica, Victor e Lilian encontrar vocês recarregou minhas energias e reforçou o quanto cada um é importante pra mim. Também amo vocês.

No mais, resolvi que esse ano ia ser bom. Não fiz promessas pra 2011, só decidi fazê-lo funcionar ao meu jeito. E, acreditem, ele está funcionando. Pra começar, eu e Pablo fomos contratados pra dar aulas numa faculdade daqui. Possivelmente pouco dinheiro e muito trabalho, mas ensinar era uma das metas e já alcançadas.

Fiquem torcendo, lhes informo quando outras boas novas acontecerem. Beijos a todos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

parte 3 de 10

Parte 3 de 10

Leo disse (19:25): e o pé?
Maria Eduarda disse (19:25): tá bem, tá de boa. Nem tá doendo mais. Resolvi nem colocar outro gesso...
Leo disse (19: 33): que bom.
Maria Eduarda disse (19:33): Leonor, vc tá ocupada?
Leo disse (19:33): muito não, pq? É que aquele mala do amigo do Luiz (da festa no barco) tá me alugando.
Maria Eduarda disse (19:34): o que é?
Leo disse (19:34): aham...
Maria Eduarda disse (19:34): ????
Leo disse (19:35): puta que pariu minha futura sogra! Troquei as janelas... olha o que foi pra ele: Leo disse (19:34): falando aqui que é hacker e que entra em tudo que é site, que rouba perfil dos outros e tal... acha que impressiona. #Idiota!
Maria Eduarda disse (19:36): KKKKKKKKKKKKKKK
Leo disse (19:36): ri não, cara. É sério...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Ontem, na última noite de uma dos meus lugares "metido a besta" favoritos em Goiânia, me lembrei de três grandes coisas pontuais que essa cidade ficou me devendo em relação a Fortaleza: show do Craberries, Show da Alanis e espetáculo do Cirque du Soleil. Alguém pode falar "mas essas três coisas aconteceram em Brasília, bem aí do lado..." Sim, aqui do lado, não aqui. Seriam duas horas de carro, uma noite em hotel ou no sofá de algum amigo e muitas voltas pra achar o caminho certo - por que eu sempre me perco em Brasília. É de lei. E as três aconteceram em Fortaleza. Se eu tivesse lá podia ter ido de boa e até comido um sanduíche depois comentando na mesa sobre o que havíamos visto. OK, a estar aqui me rendeu o título de mestre, mas me desfalcou em tantas outras coisas. Goiânia até que tenta ser cosmopolita, trazer grandes nomes artísticos, oferecer bares e boates com estilos variados, mas é como diria cap. Nascimento: "nunca será!"

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Parte 2 de 10

Enquanto Leonor dançava com um cara que conheceu no caminho de jangada até o barco da festa, Duda pedia mais um coquetel de morango sem álcool. Além de não poder dançar por causa do pé quebrado, o anti-inflamatório também a impedia de beber. Em todo caso era melhor manter-se sóbria, por que Leonor já passava da quinta caipirinha e estava se empolgando cada vez mais com seu par.
Duda tentou atravessar o barco, o movimento das ondas somado ao peso gesso tornou a tarefa quase impossível. No meio do caminho, ela acabou tropeçando em um casal e caiu sentada no colo do garçom que esperava a nova rodada de caipirinha sair. Era só o primeiro mico da festa. Ajudada por ele chegou à proa do navio, mas o balanço da água a deixou enjoada e ali mesmo vomitou toda a batida de morango. Desejou desaparecer, mas precisou esperar mais de 2 horas até que o barco voltasse ao local de desembarque. Foi o mesmo tempo necessário para convencer a amiga a irem embora.
Leonor, mesmo contrariada, concordou em deixar a festa e ofereceu carona para Luiz, o que acabara de conhecer, e seu amigo João Luiz (ou José Luiz, não tinha certeza). Pegaram a jangada de volta a praia Leonor, Duda, Luiz e João ou José Luís. Duda comentou orgulhosa o feito de ter mantido o gesso intacto num evento rodeado de água por todos os lados. Mas foi só a jangada bater na areia que ela perdeu o equilíbrio e caiu no mar. Celular, gesso, o cabelo escovado e o resto de sua dignidade se perderam na água.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

parte 1 de 10

Arrumando as muletas ao lado do banco de madeira, Duda gritou mal humorada:
- Passa o brown. Já disse: um brown. Brownie!
A mãe dos gêmeos olhou torto e os dois adolescentes que voltavam de um jogo de futebol riram sem disfarçar. Leonor, que gesticulava do balcão, entendeu a piada interna e então falou pro atendente entre sorrisos:
- Uma bola de brownie pra ela, moço.
Sentou-se ao lado da amiga e enquanto tomava seu eterno sorvete de torta de limão:
- Já decidiu o vestido?
- Nada combina com essa bota de gesso. Eu não vou.
- Lá vem você... tem mais duas semanas, é claro que vai dar tempo de tirar o gesso.
- É, mas de muletas eu também não quero ir. Vou ficar tendo que explicar pra todo mundo que foi jogando vôlei com as meninas de 15 anos do prédio e dizer que eu sei que não tenho mais pique pra jogar com gente dessa idade...
- Tou achando que você tá procurando desculpa pra não ir, hein?
- Nem preciso. Você sabe que eu acho esse casamento uma palhaçada. Há quanto tempo eles se conhecem? Como é que o Caio pode achar que vai dar certo? Essa menina não tem nada a ver com ele. Você já viu o cabelo dela assanhado? Não! É por que ela não é de verdade! Já pensou nisso? Nem sei por que ele me chamou pra ser madrinha.
- Mas não foi você que apresentou os dois? Não foi você que indicou ela como nutricionista?
- Era pra ele perder peso, não o juízo!
- Agora que ele tá fininho, desencanou de você, cê tá aí se importando com quem ele vai casar, é? Deixa ele, foi você mesma que dispensou o cara. Nunca quis nada com ele.
- Ele é meu amigo e eu me importo se ele tá fazendo a coisa certa. Mas quer saber, ele é bem grandinho, né? E outra, casamento é ótimo pra paquerar. E vai rolar champanhe. Adora ficar alegrinha de champanhe.
- Hehehe. Então tá. Vamo ver o vestido depois daqui?
- Vamo. Mas o vestido de hoje, por que essa festa no barco eu não perco por nada.

(continua)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

30 é o novo 20.

Escutei essa frase num videozim desses que o povo divulga em blogs, orkuts, facebooks etcs. Achei ótima, virou minha máxima. A maior parte dos meus amigos entrando na casa dos 30 continua morando com os pais, ainda não tem filhos, não conseguiu comprar casa ou carro, alguns não tem um bom emprego e um tanto ainda nem sabe direito o que quer da vida - os que não se encaixam em nenhuma categora possivelmente formam minha lista de frustrados ou simplesmente desinteressantes.

Nossos pais tiveram filhos jovens (há 30 anos camisinha era coida de viado, pílula, de puta), não tiveram chance de ter crise profissional, pois tinham que pagar a prestação da casa, do carro que hoje nos emprestam no fim de semana, da internet sem fio, da TV a cabo...Eu queria ser otimista e acreditar que estou nos novos 20, mas ultimamente tenho desejado bastante um pouco dessa "vida medíocre" ou apenas mediana: reclamar de tantas contas, mas ter dinheiro pra pagá-las, dizer que o cartão veio alto por umas tardes de irresponsáveis compras no shopping, gastar horrores com material escolar pros filhos.

Talvez quando eu finalmente consegui ter dinheiro o suficiente pra dar ao meus descentes uma vida digna feito minha mãe me deu, seja tarde para tê-los. Enquanto isso vou pensando que acabei de sair dos 18, preparando uma viagem de mochilão pela América Latina, jogando Imagem e Ação aos domingos, bebendo uma ou duas cervejas em plena segunda. Oh dilemas da mulher moderna!