sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Parte 2 de 10

Enquanto Leonor dançava com um cara que conheceu no caminho de jangada até o barco da festa, Duda pedia mais um coquetel de morango sem álcool. Além de não poder dançar por causa do pé quebrado, o anti-inflamatório também a impedia de beber. Em todo caso era melhor manter-se sóbria, por que Leonor já passava da quinta caipirinha e estava se empolgando cada vez mais com seu par.
Duda tentou atravessar o barco, o movimento das ondas somado ao peso gesso tornou a tarefa quase impossível. No meio do caminho, ela acabou tropeçando em um casal e caiu sentada no colo do garçom que esperava a nova rodada de caipirinha sair. Era só o primeiro mico da festa. Ajudada por ele chegou à proa do navio, mas o balanço da água a deixou enjoada e ali mesmo vomitou toda a batida de morango. Desejou desaparecer, mas precisou esperar mais de 2 horas até que o barco voltasse ao local de desembarque. Foi o mesmo tempo necessário para convencer a amiga a irem embora.
Leonor, mesmo contrariada, concordou em deixar a festa e ofereceu carona para Luiz, o que acabara de conhecer, e seu amigo João Luiz (ou José Luiz, não tinha certeza). Pegaram a jangada de volta a praia Leonor, Duda, Luiz e João ou José Luís. Duda comentou orgulhosa o feito de ter mantido o gesso intacto num evento rodeado de água por todos os lados. Mas foi só a jangada bater na areia que ela perdeu o equilíbrio e caiu no mar. Celular, gesso, o cabelo escovado e o resto de sua dignidade se perderam na água.

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